Tradutor

segunda-feira, 15 de julho de 2013

VAI-DA-VALSA

VAI-DA-VALSA
                               Delmo Biuford


A voz da rua é sua, é sua vez,
Um som ressoa, ecoa em sua voz,
ao rés, aos pés, em nós a Voz de Deus,
por vós, por fim, eu vim testemunhar!

O vai-da-valsa há de se acabar,
papeis exibem esse clamor civil,
bendito, aflito na voz do Brasil,
a voz voou, ameaçou voltar.

A velha horda há de cair no abismo,
de se enforcar com a própria corda,
fora! o cinismo, o empirismo, o empreguismo
eis que a fera, quando acorda, vocifera!

Mil Vezes (Delmo Biuford & Pablito Moraes)




MIL VEZES
                                          Pablito Morales e Delmo Biuford

A noite veste seu azul mais que profundo,
fim de trabalho ao despertar do vagabundo,
de bar em bar onde a vida é carrilhão,
o tempo é sem razão, o mundo é ilusão da madrugada.

Como eu tentei, meu Deus!
mil vezes esquecer você,
mil vezes eu chorei,
mil vezes deu em nada.

É noite alta,um clarão já vem surgindo,
já em frangalhos, meu vigor desmilinguindo,
viver sem par na mesmice de um moinho,
sem rumo, sem carinho na íngreme extensão da escalada.

Como eu tentei, meu Deus!
mil vezes esquecer você,
mil vezes eu chorei,
mil vezes deu em nada.

Devaneio Blue (Delmo Biuford & Pablito Moraes)



DEVANEIO BLUE

                                           Pablito Morales e Delmo Biuford


Ela sonha se tornar atriz da Broadway,
aprendeu inglês, canta something e wave,
ela quer se realizar, ganhar o oscar e grammy,
estudou balé até surpreende no jazz.

Claro que ela é um talento e tem suing,
mas se não der pé ela vai dançar
claro que ela até cursou dramatização,
se for ilusão vai dançar num coffé nigth club.

Ela sonha se tornar atriz da Broadway,
aprendeu inglês, canta something e wave,
ela vai primeiro à Miami, depois à Hollywood,
pra contracenar talvez com o Bread Pitt

Claro que ela é um talento e tem suing,
mas se não der pé ela vai dançar
claro que ela até cursou dramatização,
se for ilusão vai dançar num coffé nigth club



RADAMÉS RODRIGUES

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Cobrá Dágua (Delmo Biuford & Pablito Moraes)




COBRA D'ÁGUA

                                       Pablito Morales e Delmo Biuford


Mas tem cobra d'água no rio
guardando os peixinhos de lá,
a vida resiste ao estio,
casou-se o rio com o mar.

Lançou-se um novo desafio,
história de algum pescador,
uns bandos de ave se viu
no rastro de um navegador.

Mas tem cobra d'água no rio,
são casos pra cantarolar,
dum mito que nunca se viu
motivos das lendas de lá.

De longe se avista o plantio,
nas mãos que machucam o verdor
rotina de um trabalhador,
a vida é um milagre sutil.









terça-feira, 2 de julho de 2013

PRA SEMANA QUE VEM

PRA SEMANA QUE VEM


                                             Delmo Biuford e Roberto Gava



Vou te dar as costas, vou dizer adeus
e seguir em frente sem você,
mesmo que a ré esteja quebrada, vou a pé.

Não sou o seu Guarda-Costa,
a dor do amor só me desgosta.

Me sinto descalço, mas eu chego lá,
longe de você , eu chego lá,
mesmo que meus pés
entrem em decomposição.

Vou te dar um chega pra lá,
se não for agora, é já, já.

Fica pra semana que vem,
quinta, sexta-feira, ou no fim de semana,
sei lá, mas eu juro por Deus
que eu vou te dizer adeus, um dia,
adeus , um dia.

Vou te dar um chega pra lá,
se não for agora, é já, já



https://soundcloud.com/musiquins1/pra-semana-que-vem-delmo

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24 DE NOVEMBRO(RUMO AO ARREBOL)

24 DE NOVEMBRO(RUMO AO ARREBOL) 


                                                     Pablito Morales e Ozias Stafuzza

Noite sem lua, mais um adeus,
a derradeira flor que vi nos lábios teus
que partiu o nosso mundo a dois,
um sonho ou desvario?

Tentei sumir, fly to the moon
pegar o expresso, à noite, pra lugar nenhum,
viajar no tempo e me tornar
mais um homem comum
e morei no inferno insone e só,
meses distantes de ti,
todos me dizem que é passageiro o fim
e sua nudez em sonho me sorri.

Em cada rua, busco o farol,
aquele olhar de mel e fogo e frenesi,
a chuva vem, despeço-me daqui,
vou rumo ao arrebol.

Talvez um dia, sol de verão,
a alma iluminada leve o coração
a pulsar e o amor a renascer
das cinzas para o mar,
sei que até o suspiro final
esse amor vai existir,
me acalma a fé que os belos dias voltarão
com o sabor que só em ti vivi.

Talvez um dia, sol de verão,
a alma iluminada ao som de uma canção
a pulsar e o amor a renascer
das cinzes para o mar,
estarei à espera de um sim enquanto eu respirar.





TESOURO

TESOURO

                            Tiago André e Delmo Biuford

Meu tesouro
só eu o conheço.
Pensando bem,
nem eu o conheço.

Sempre esqueço
que é visível,
que é risível,
que está do aveso.

Meu tesouro
é veemente,
está silente
como um estouro.

Em polvorosa
costura o verso,
insita a prosa
em rio submerso.

O meu tesouro
quando o exponho,
acolhe sonhos,
faz-se canoro.

O meu tesouro
não tem ferida,
não tem medida
ou algum desdouro.

Faz-se preciso
em minha arte:
Vênus e Marte
e amor conciso.



ALDEBARÃ

ALDEBARÃ

                         Pablito Morales e Delmo Biuford


 Ao vê-la passar em meu derredor
fico a imaginar
se ela tem um par, se vive só
ou se  é popular.

Haverá um fã assim como eu
dessa aldebarã?

Quando a noite cai e ela vem,
mas de onde ela veio, onde vai?

Quisera esmiuçar cada por menor
desse seu olhar,
ela e seu colar passam em meu redor
pra nem me notar.

Ela crê no Islâ, ou tem fé em Deus
ou será pagã?

Quando ela se esvai não sei que horas vem
e saberei jamais.

ORDEM E PROGRESSO

ORDEM E PROGRESSO

                                            Pablito Morales e Delmo Biuford


A pressa expressa a imagem veloz do futuro,
o homem tem sede, tem fome e nem sabe de quê,
a gente é o bicho ou a semente do fruto maduro?
mas será que o que a gente vê é fato ou miragem?
e o prazer há de perpetuar?

Encara com a cara e a coragem essa roda viva,
é o povo no fio da navalha puxando o cordão,
se a lida acende a fornalha da locomotiva
em rota de colisão(por sabotagem)
e a ilusão há de perpetuar?

A gana, a grana, a engernagem, a ordem, o progresso,
a sanha, a senha, o acesso, o risco, o rumor...
a lente do tempo presente revela o excesso,
então, vá devager com o andor, tudo é de alta voltagem:
o amor tem que perpetuar!

INÚTIL SOL

INÚTIL SOL

                         Pablito Morales e Cassio Gava


Imóvel, cá na alcova escura e só,
parece ser descomplicado pressentir
o inútil sol,
metro quadrado, pôr do sol.

Por ter o breu demais familiar,
andei rezando com uma lágrima em prol
do inútil céu,
retovisor: redondo sol.

Escureceu! que tarde pra ditar
as tuas leis que cedo seduziram meu olhar!
pra esta alcova sem visão
(visão só serve pra chorar)

CANCION DE LA AMISTAD

CANCION DE LA AMISTAD

                                                   Pablito Morales e Delmo Biuford

Saludo a mis hermanos
con el corazón que vuela
en las alas de la libertad
y con las heridas
que ha sufrido mucha amargura.

A mi país
también fue rehén
de la censura y la opresión,
aunque las canciones
dieron gritos desafiantes.

América del sur,
el sol, el amor, la amistad,
esta canción es un regalo
a todos mis hermanos.

Nuestra felicidad
es tener la libertad del viento,
que la canción de amor
es el placer de vivir la vida.


FLOR DO MAL

FLOR DO MAL

                              Pablito Morales e Delmo Biuford


Eu te mirei, te admirei
como jamais eu fiz,
fiquei feliz porque te achei,
no entanto me perdi.

O mal de amor é vendaval
que larga o caos no chão,
me sinto assim num labirinto
que não tem mais fim.

Eu te mirei, te admirei
mas não devia não,
porque foi bom, te mediquei,
no entanto, adoeci.

A flor do mal traz o bolor
espesso de um porão,
de fato, estou juntando cacos
que de mim restou.

ROMÂNTICO DEMAIS

ROMÂNTICO DEMAIS

                                         Pablito Morales e Delmo Biuford


O beija flor, beijou a flor no raso do capim,
o meu amor, jurou o amor pra mim,
a luz do sol, cai no arrebol em leve tom carmim,
na solidão, o som de Tom Jobim.

Eu sou romântico por ser
romântico demais,
romântico demais eu sou por você.

Meu bem querer veio me ver, eu cá querendo mais
e a meu ver, o amor tem que ter paz,
eu sou feliz e sempre quis o que o amor me traz,
meu vício é ler Vinícius de Moraes.

Eu sou romântico por ser
romântico demais,
romântico demais eu sou por você.





BAHIA, BAHIA

BAHIA, BAHIA


                           Pablito Morales e Delmo Biuford

O sol de verão acendeu o meu amor,
salve a Bahia Sinhá, salve a Bahia Sinhô!
subindo e descendo ladeira em Salvador,
salve a Bahia Sinhá, salve a Bahia Sinhô!

Provei vatapá com azeite de dendê,
Quindim, Mungunzá, Mocotó, Bobó, Xinxim,
foi no Pelourinho que eu conheci você
e agora eu só quero você perto de mim.

Eu li Gabriela, Tieta, Dona Flor,
aqui tem Caymmi e o Senhor do Bonfim,
tem o velho Chico subindo o interior,
salve a Bahia Sinhá, salve a Bahia Sinhô!
salve a Bahia!

BLUES

BLUES

                      Pablito Morales e Delmo Biuford

Divido com você
um punhado de ilusão
quando digo o que sinto ou não,
poeta é o fingidor
na dor, no amor ou no que seja,
a lenda pode ser
a vida que a gente deseja.

Duvido que você
nunca teve uma emoção
quando eu disse o que sentia ou não,
poeta é o jogador
que aposta o próprio sentimento,
mentira pode ser
verdade oculta no lamento.

Devido a você
tenho a nítida impressão
que eu sinto que te amo ou não,
poeta é o ator
fingindo que finge o que sente,
a máscara há de ser
o exato semblante da gente.

ESQUIVO

ESQUIVO

                    Pablito Morales e Delmo Biuford

Eu que nunca cri,
que nunca quis
sequer amar.

Eu não seu chorar,
não sei dizer,
não sei cantar.

Dizem que o amor
é o bem e o mal
de uma só vez.

E o coração
vai se acostumar.

Eu não me atrevi
ser aprendiz
do seu olhar.

Eu não sei chorar,
não sei dizer,
não sei cantar.

Você diz que o amor
é natural
da sensatez.

E o coração
vai se acostumar.




Maria Maré

MARIA MARÉ

                              Pablito Morales e Delmo Biuford

Era o sol, luz do azul,
era o mar em Maria, a maré
era o meu coração,
água viva no mar.

era o bálsamo e o sal,
balsa entre cardumes, corais,
mil carnavais, cais, amplidão,
imenso balé.

Era o céu, vento sul,
era o mar em Maria, a maré,
era sofreguidão
duma estrela no mar.

Era angelical,
sua vinda bem vinda, os sinais,
mil carnavais, a embarcação
e o mal me quer.

GRÃO DO PARÁ

GRÃO DO PARÁ

                                      Kannec e Delmo Biuford


Grão do Pará:
fortaleza de São José do Macapá,
cortada pela linha do equador,
sempre ensolarada,
com verdes e cascatas é Macapá.

Grão do Pará:
Paisagem mais linda que a natureza criou,
Masagçao, Bonito, castanhas e cipós...
som da pororoca,
Serra do Japi, Camaipi.

Grão do Pará:
Rios, igarapé no lago, o cerrado,
som da pororoca,
Serra do Navio é Macapá.

Grão do Pará:
é a certeza de que tu és a Sabiá,
junção de Capricórnio ao Equador,
sol e chuvarada
andei de bicicleta em Afuá.

Grão do Pará
Imagem mais linda que a natureza doou,
sensação que fica e marca a todos nós,
toda tua rota,
saudade de ti meu Bem-te-Vi.

Grão do Pará:
A cheia da maré, o prado, o pescado,
toda tua rota,
toda tão gentil é Macapá.