TESOURO
Tiago André e Delmo Biuford
Meu tesouro
só eu o conheço.
Pensando bem,
nem eu o conheço.
Sempre esqueço
que é visível,
que é risível,
que está do aveso.
Meu tesouro
é veemente,
está silente
como um estouro.
Em polvorosa
costura o verso,
insita a prosa
em rio submerso.
O meu tesouro
quando o exponho,
acolhe sonhos,
faz-se canoro.
O meu tesouro
não tem ferida,
não tem medida
ou algum desdouro.
Faz-se preciso
em minha arte:
Vênus e Marte
e amor conciso.
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