Tradutor

terça-feira, 2 de julho de 2013

TESOURO

TESOURO

                            Tiago André e Delmo Biuford

Meu tesouro
só eu o conheço.
Pensando bem,
nem eu o conheço.

Sempre esqueço
que é visível,
que é risível,
que está do aveso.

Meu tesouro
é veemente,
está silente
como um estouro.

Em polvorosa
costura o verso,
insita a prosa
em rio submerso.

O meu tesouro
quando o exponho,
acolhe sonhos,
faz-se canoro.

O meu tesouro
não tem ferida,
não tem medida
ou algum desdouro.

Faz-se preciso
em minha arte:
Vênus e Marte
e amor conciso.



Nenhum comentário:

Postar um comentário